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Mostrando postagens de julho, 2020

Castanhari e os conteúdos históricos

Se você tem um pouco mais de conhecimento de personalidades da internet, deve saber quem é Felipe Castanhari. O twitter hoje (17/07/20) estava agitado porque ele e a Netflix fizeram uma parceria para uma série de conteúdos históricos, seguindo a linha de vídeos que ele já vem fazendo em seu canal. E aí tivemos basicamente dois lados: quem ficou do lado do Castanhari, com a ideia de disseminação de conhecimento, ao facilitar não somente o acesso como a linguagem e abordagem; e quem ficou contra, ao falar da impossibilidade de um Youtuber sem formação em História ensinar o assunto. Os argumentos do lado do Castanhari dizem que: ele tem uma equipe de especialistas capacitados que produzem o conteúdo de fato para ele, e ele só apresenta. Há quem argumente que a transmissão de conteúdo precisa ser feita por quem sabe falar. Às vezes alguém tem conhecimento de algum tema, mas não leva jeito para falar com o público, por exemplo. E ele, como sabe, facilita esse caminho. Contra ele, disseram ...

O homem que se duplica no Instagram

Texto referencial: Literatura e seus reflexos: o cinema em O Homem Duplicado, de José Saramago . Thaís Feitosa de Almeida, em Série E-books ABRALIC, 2018, Rio de Janeiro, 2018, p.33. Fotografia e cinema surgiram, cada qual a sua maneira, causando fascinação e estranhamento. Ambas artes, produzidas “magicamente” por máquinas, impactam por sua verossimilhança de representação do real. Segundo posto por Saramago, a problemática nessa questão é deixar de entender tais imagens como mera representação e assumi-las como realidade – a “reprodutibilidade técnica como agente modificadora da percepção do real”, dito por Walter Benjamin. A manipulação da mídia caracterizada como televisiva pode também ser estendida às ferramentas digitais que lidam majoritariamente com fotos e vídeos: Instagram e Youtube. No Instagram, as fotografias podem – e geralmente são – escolhidas e editadas profissionalmente para montar um perfil que visa as vendas: são selecionados ambientes, objetos, produtos e paletas ...

Você é gordofóbico?

Pessoas de mau caráter, em geral, pregam a seguinte frase: ah eu não sou gordofóbico, mas não acho que ser gordo é saudável, não podemos normalizar a obesidade . O contrário também pode ser dito: ser magro não significa ser saudável , mas a magreza é normalizada e usada como elogio até. Nossa, você emagreceu/ Nossa, você engordou . Um é elogio, o outro, ofensivo. E vamos aos fatos: ninguém tem bola de cristal para bater o olho no corpo de alguém e automaticamente saber os hábitos alimentícios, as atividades físicas, e as consultas médicas regulares que uma pessoa tem. Quando você é magro, dificilmente alguém vai dizer algo sobre sua saúde. Afinal, o comum e errado é pensar magro = saudável. Eu, Lorena Kelly, particularmente, na minha opiniãozinha, sobre meu corpo, não quero ser nem magra (como eu era, com 43kg aos 18 anos, nem gorda), porque eu sei que, em nenhum dos dois tipos de corpos, eu vou me sentir bem. Mas isso sou >eu<, que tenho a opção, entre aspas, de emagrecer ou en...