Em quaisquer narrativas, sejam livros, séries ou filmes, acompanhamos a vida de um ou mais protagonistas, a tal personagem principal. Isso não significa, porém, que o protagonista é alguém que vamos gostar, como por exemplo o Light Yagami, de Death Note. Eu sinto desprezo por aquele personagem.
Mas aí eu penso nessa coisa de protagonista em relação a vida real. Você é o protagonista da sua própria vida, claro. Mas aí pensamos em duas definições distintas de vida, que eu até já falei em outro texto: uma vida é a sua, repetida em frases como "cada um cuide da sua vida", "a vida é minha e eu faço o que eu quero". A outra vida é a geral, de sentenças como "a vida é dura", "a vida não dá segundas chances".
Enquanto você é protagonista da sua vida, parece que tudo só acontece com os outros, que seriam os personagens secundários da sua vida. São os outros que perdem os familiares, que sofrem desventuras, e você, o protagonista, só vive esperando o momento de tensão que culminará com um desfecho vitorioso. Todo ano as temporadas são renovadas. Vou para a décima segunda temporada da minha vida, agora, e já vi os pais de duas pessoas próximas de mim partirem. Que coincidentemente, o que me espanta, um deles é o que citei no link acima.
Mas e quando é a gente que parte? Quando a série da nossa vida é cancelada, quem se torna o protagonista?