Quando eu tava na escola, até gostava de matemática, de álgebra especialmente. Mas odiava aquelas questões das Olimpíadas de Matemática ou do ENEM, que é uma coisa sem sentido, tipo, um menino virar uma moeda não sei quantas vezes, ou se você tem tantas bolas pretas e tantas brancas numa caixa, quantas bolas não sei o que mais... São umas questões tão nonsense, que como adolescente que era na época, eu achava engraçadas de tão ridículas que eram.
Mas um dia desse eu percebi que essas questões estranhas estão presentes na nossa vida sim, especialmente na vida adulta, quando você tem que fazer as compras no supermercado e é pobre, assim tem que saber fazer os cálculos para economizar ao máximo, afinal você é pobre!
Exemplo prático: existe basicamente dois tipos de amaciantes que você pode comprar. Um concentrado, bem consistente, que você coloca uma gota e ele cheira na roupa por um mês, ou do normal, que você coloca o copinho todo e mais um pouco pra ter o mesmo efeito. Esse último, dependendo da marca, custa até R$ 2,50. Já o outro, custa por volta de R$ 8. Na embalagem, o amaciante normal diz render 6 lavagens, enquanto o concentrado rende 22. Aí o cálculo que você faz é: quantos amaciantes normais eu preciso comprar para equivaler ao concentrado? Qual opção é mais econômica?
Provavelmente comprar o concentrado é a melhor opção, mas isso é o que eu acho, porque ainda não consegui fazer esse cálculo. Deixo pra vocês esse problema de matemática da vida real, e não um problema em que um moleque com problemas mentais fica sozinho virando moeda milhares de vezes.