A modernidade nos condicionou a um estilo de vida não muito agradável.
Ano passado, perdi um tio, como falei em outro post. Assim, de repente. Recebi primeiro a notícia de que ele foi para o hospital, e no momento seguinte, se foi. Havia meses que não o via. Mas os filhos dele, meus primos, estiveram na minha casa outro dia.
Uma semana depois, minha família inteira decidiu se reunir para ouvir a palavra de uns amigos americanos. Marcaram para quarta-feira à noite. O problema é que eu dava aula nesse horário.
Falei então com a minha coordenadora, e ela teve de entender, apesar de não se agradar muito, talvez tenha se colocado no meu lugar, não sei. Fiquei pensando que a família é mais importante que o trabalho para o qual nós nos sacrificamos tanto. Nesse momento tive minha primeira questão: afinal, o que é viver? Nessa concepção, viver é aproveitar as pessoas que amamos enquanto estão aqui. O outro “viver” seria trabalhar, ter dinheiro, carreira, comprar uma casa, etc. A vida em sociedade. Esse é o viver que mais nos cobra tempo.
O terceiro viver é individual e está acima dos outros, que é o viver animal também: respirar, comer, beber água, se exercitar. Do que adianta nos esforçarmos tanto para cumprir a vida familiar e a social, se não cuidamos de nosso próprio corpo, saúde, alimentação…?
Quando deixamos essa última concepção de vida em último plano, nada adiantam as outras vidas que temos. Meu tio sofreu isso, não dando a real importância às dores que sentiu no peito, deixando de descobrir precocemente um problema no coração que o tirou do nosso meio.
Minha intenção é, assim, refletir junto com você, que lê, que vida temos vivido mais.