Duas coisas que já li/ouvi demais: "ah, quem entra em cursos de humanas na Federal vira de esquerda, comunista, petista, marxista, feminista, taxista, diarista, etc etc". E a outra que me causa surpresa ainda é "odeio a palavra empoderamento". Vamos lá deixar de ser idiotas parte 2?
Eu estava lendo um texto de Psicologia Organizacional de um amigo que faz Contabilidade (olha só, não é Ciências Humanas!) e o texto era sobre a organização de empresas, o que faz um bom líder, e outras coisas para trabalhar com a equipe, pra melhorar a convivência. E uma delas (texto teórico, ok?) era a estratégia de empowerment. O líder deve dar poder aos seguidores para que alcancem o seu máximo desempenho. "Carlos e Randolph (2001) acreditam que o empowerment é crucial para as empresas se tornarem competitivas no mundo dos negócios", dizia o texto. "A verdadeira essência do empowerment é liberar os conhecimentos, a experiência e a capacidade motivadora que já existem em pessoas e que estão sendo pouco utilizadas".
O feminismo apenas se apropriou dessa ideia para fazer com que as mulheres que sofrem com baixa auto estima por causa dos padrões de beleza irreais e inalcançáveis possam se empoderar de si mesmas, e serem confiantes com sua própria beleza e seu corpo "fora dos padrões". Então, quando você estuda um texto como o supracitado, você percebe o quanto você é burro em dizer que odeia a palavra empoderamento porque ela não foi inventada no feminismo. Não é que quem entra na federal vira de esquerda, a verdade é que quem tem conhecimento das coisas não fala besteira sobre o que não sabe. Então, vamos ao clichê chato mas verdadeiro: antes de falar, vamos estudar ;)