Quando criança, ouvi muitas histórias contadas pelo meu pai, especialmente nas noites em que faltava energia e eu ficava ouvindo, à luz de velas, inúmeras histórias. São relatos dos mais velhos contando algo que viveram quando mais novos. Em geral, são assustadores. Se não gosta dessas histórias de terror, melhor parar a leitura aqui.
O cajueiro
Na última praia do litoral maranhense chamada Porto do Meio, uma senhora contou uma história muito interessante. Quando menina, ela costumava brincar num cajueiro da sua casa depois do almoço. Um dia, apareceu para brincar com ela o seu avô (que já falecera). Feliz, contou aos familiares quem havia brincado com ela. Ninguém acreditou, mas ainda assim o cajueiro foi cortado.
O navio cargueiro
Na década de 70, um navio cargueiro que ia para Belém encalhou nos bancos de areia em frente a praia de Caçacoeira, também do Maranhão, porque o mestre do navio não conhecia as áreas. Os moradores das praias vizinhas começaram então a saquear as mercadorias quando o navio foi abandonado. Bebidas, combustível, azulejo, louças. Você pode encontrar alguns dos azulejos em algumas casas de Cururupu. Para fazer o saque, as pessoas esperavam a maré baixar e iam com suas canoas. No início do saque, era fácil pois o navio estava novo. Depois de um tempo o casco quebrou, e água entrou no navio, se misturando com um óleo negro. As pessoas que desciam eram amarradas a cordas para não se perderem ao mergulhar na água negra. Muitos se machucaram na busca cega dentro do navio ao se espetarem em objetos pontiagudos. Durante muito tempo, os saques aconteceram. Porém a areia engoliu o navio, restando apenas os mastros de ferro. Anos depois os mastros também foram destruídos pela ação do tempo. Hoje, talvez para se encontrar algum vestígio desse navio, é necessário que se mergulhe. Quem se arrisca?
A casa do forno
Quem é do interior sabe como é o movimento em uma casa de forno (onde se faz farinha de mandioca). Em um interior de Cururupu chamado Tapera de Baixo, havia essa casa de forno. Durante o dia, o trabalho seguia normal com toda a sua barulheira. Em determinada noite, porém, quem morava perto dessa casa de forno, começou a ouvir o mesmo barulho que acontecia durante o dia. Era como se tivesse pessoas trabalhando lá durante a noite toda, e todos que ouviram sentiram muito medo. No dia seguinte foram conferir a casa e estava tudo do mesmo jeito que deixaram no dia anterior. Por noites o barulho seguiu até que um dia parou. Isso aconteceu na década de 60.
Garapé da Menina
A travessia entre as praias de Caçacueira e Peru é feita através de canoa por um canal em que um barqueiro cobra pelo serviço. Para ir de Caçacueira para Peru é necessário avisar o barqueiro, pois eles ficam somente em Peru, jamais em Caçacueira. Para tanto, a pessoa que quer atravessar vai ao porto chamado Garapé da Menina, e lá toca um foguete. Vendo o sinal, o barqueiro entende que alguém vai fazer a travessia e se dirige entre os estreitos caminhos entre os manguezais que, para quem está ali sozinho, a única companhia é o canto da maré (barulho de árvores, animais e da água). Acontece que às vezes, quando o barqueiro chega entre os manguezais, não há ninguém. O medo se instala por causa da existência de um cemitério próximo dali. A história dos pescadores é que os espíritos enganam os barqueiros. Por qual motivo? Quem sabe.
O que achou dessas histórias? Foi o que consegui conversando com meu pai, que ouviu das próprias pessoas que testemunharam os eventos. Se quiserem mais histórias (porque tem MUITAS), é só me dizer.
Na última praia do litoral maranhense chamada Porto do Meio, uma senhora contou uma história muito interessante. Quando menina, ela costumava brincar num cajueiro da sua casa depois do almoço. Um dia, apareceu para brincar com ela o seu avô (que já falecera). Feliz, contou aos familiares quem havia brincado com ela. Ninguém acreditou, mas ainda assim o cajueiro foi cortado.
O navio cargueiro
Na década de 70, um navio cargueiro que ia para Belém encalhou nos bancos de areia em frente a praia de Caçacoeira, também do Maranhão, porque o mestre do navio não conhecia as áreas. Os moradores das praias vizinhas começaram então a saquear as mercadorias quando o navio foi abandonado. Bebidas, combustível, azulejo, louças. Você pode encontrar alguns dos azulejos em algumas casas de Cururupu. Para fazer o saque, as pessoas esperavam a maré baixar e iam com suas canoas. No início do saque, era fácil pois o navio estava novo. Depois de um tempo o casco quebrou, e água entrou no navio, se misturando com um óleo negro. As pessoas que desciam eram amarradas a cordas para não se perderem ao mergulhar na água negra. Muitos se machucaram na busca cega dentro do navio ao se espetarem em objetos pontiagudos. Durante muito tempo, os saques aconteceram. Porém a areia engoliu o navio, restando apenas os mastros de ferro. Anos depois os mastros também foram destruídos pela ação do tempo. Hoje, talvez para se encontrar algum vestígio desse navio, é necessário que se mergulhe. Quem se arrisca?
A casa do forno
Quem é do interior sabe como é o movimento em uma casa de forno (onde se faz farinha de mandioca). Em um interior de Cururupu chamado Tapera de Baixo, havia essa casa de forno. Durante o dia, o trabalho seguia normal com toda a sua barulheira. Em determinada noite, porém, quem morava perto dessa casa de forno, começou a ouvir o mesmo barulho que acontecia durante o dia. Era como se tivesse pessoas trabalhando lá durante a noite toda, e todos que ouviram sentiram muito medo. No dia seguinte foram conferir a casa e estava tudo do mesmo jeito que deixaram no dia anterior. Por noites o barulho seguiu até que um dia parou. Isso aconteceu na década de 60.
Garapé da Menina
A travessia entre as praias de Caçacueira e Peru é feita através de canoa por um canal em que um barqueiro cobra pelo serviço. Para ir de Caçacueira para Peru é necessário avisar o barqueiro, pois eles ficam somente em Peru, jamais em Caçacueira. Para tanto, a pessoa que quer atravessar vai ao porto chamado Garapé da Menina, e lá toca um foguete. Vendo o sinal, o barqueiro entende que alguém vai fazer a travessia e se dirige entre os estreitos caminhos entre os manguezais que, para quem está ali sozinho, a única companhia é o canto da maré (barulho de árvores, animais e da água). Acontece que às vezes, quando o barqueiro chega entre os manguezais, não há ninguém. O medo se instala por causa da existência de um cemitério próximo dali. A história dos pescadores é que os espíritos enganam os barqueiros. Por qual motivo? Quem sabe.
O que achou dessas histórias? Foi o que consegui conversando com meu pai, que ouviu das próprias pessoas que testemunharam os eventos. Se quiserem mais histórias (porque tem MUITAS), é só me dizer.