No momento que escrevo esse texto, acabo de assistir o filme Demolição (2015) por indicação do meu irmão. Ele tinha me dito que o filme era bem legal, e era com um ator que eu gostava (Jake Gyllenhaal), então né? Vamos ver. O que eu não esperava é tirar tantas lições com um filme que caiu como uma luva nesse momento específico da minha vida.
Para resumir, o enredo traz Davis Mitchell que logo no comecinho do filme fica viúvo. O que acontece de estranho, então, é ele não sentir a perda da esposa, chegando a confessar que não a amava e não sabia porque se casara. Vez ou outra ele tem flashes com ela, dos bons momentos, às vezes a imagem dela surge nas atividades cotidianas, mas nada que traga a emoção de saudade.
A partir disso ele fica meio louco. Mas o que achei interessante é que ele passa a prestar atenção em pequenas coisas ao seu redor, quase como se mudasse de perspectiva. Ele fica meio insano, querendo tentar coisas simplesmente pela vontade que sente no momento; ele vive uma espécie de liberdade e autenticidade que não viveu quando estava com a mulher, pois tudo era muito automático.
Partilhei dos mesmos sentimentos do personagem enquanto assistia ao filme. Eu senti que precisava passar a perceber ainda mais os detalhes bonitos da vida que está ao meu redor (apesar de eu sempre parar para observar com grande entusiasmo quando vi uma borboleta em uma movimentada avenida, parecia algo tão insólito...). De qualquer maneira, estou vivendo uma espécie de luto igualmente ao Davis. Ao invés de procurar um canto e chorar, vou viver.