Primeiro é preciso que um dia você tenha sido uma pessoa quente, se é que você me entende. Uma pessoa fofinha, esperançosa, cheia de sentimentos e sonhos, que se apaixona e ama, e se entrega de corpo e alma para uma coisa que ela nem entende direito. Aí você vai se machucar profundamente com as pessoas em quem você confiou totalmente e vai ter seus doces sentimentos completamente destruídos, e vai acordar para a vida real. E aí você vai ser mais frio. Vai descobrir, da pior forma, que a vida não é um filme da Disney, que as pessoas não são tão amigáveis e muitas não estão nem aí para os seus sentimentos.
Não estou falando isso porque passei por isso recentemente, até porque não passei. Mas vi alguém passar. E falando sobre isso com alguém que ainda nem conheço (ele sabe, salve Jhonata o/), fiquei pensando (e ele me sugeriu também que escrevesse um texto sobre isso) sobre como mudamos com as coisas que passamos, o que eu julgo natural acontecer, afinal significa que alguma coisa aprendemos. Às vezes essa mudança, infelizmente, é resultado de uma experiência ruim que gera uma mudança ruim (a frieza nos sentimentos românticos). Geralmente digo que tenho um pouco dessa frieza mas admito que não foi por causa de algo que eu passei, intrigante observação. Nunca fui do tipo romântica, sempre achei frescura as coisas de casais, detesto filmes de romance idiota ou declarações de amor, sei lá. Depois de um relacionamento triste, aí mesmo que perco o interesse e a fé no romantismo.
Mas é isso, desculpem o texto volumoso e um pouco incoerente. O que tiramos daqui é que pra ser uma pessoa fria, você precisa sofrer.